Atualidade
Cerca de 40 % da população portuguesa não tem acesso a oferta publicamente financiada para a realização de endoscopias gastrenterológicas no concelho de residência. A situação é particularmente preocupante nos 20 municípios com maiores rácios de óbitos por doenças do aparelho digestivo, onde não existe qualquer unidade com convenção com o Serviço Nacional de Saúde (SNS), assegura um relatório da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) relativo aos anos de 2022 e 2023.
Comissão Europeia aprovou tislelizumab em combinação com quimioterapia para o tratamento de primeira linha do carcinoma de células escamosas do esófago (CCEE) e do adenocarcinoma gástrico ou da junção gastroesofágica (G/GEJ).
Uma empresa farmacêutica sediada no Reino Unido anunciou que, após a suspensão temporária concedida anteriormente, o Tribunal Geral da União Europeia decidiu não prorrogar a suspensão da decisão da Comissão Europeia (CE) de revogar a autorização condicional de introdução no mercado do ácido obeticólico na Europa, incluindo os países do Espaço Económico Europeu (Islândia, Liechtenstein e Noruega). Esta substância era utilizada como tratamento de segunda linha para doentes com a doença hepática rara colangite biliar primária (CBP).
Os Prémios Pfizer 2024 destacaram-se ao reconhecer avanços notáveis na investigação biomédica em Portugal, com um enfoque especial em áreas como o cancro gástrico, a retina e a reprogramação celular tumoral. A iniciativa, promovida pela Pfizer em colaboração com a Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa, premiou três estudos inovadores com um total de 60 mil euros, sublinhando a relevância científica de trabalhos realizados por equipas de investigadores portugueses.
Em Portugal, o cancro do pâncreas deverá ser a segunda doença oncológica mais mortífera até 2035, com mais de dois mil óbitos por ano. Quem alerta para o tema é Eduardo Rodrigues Pinto, presidente do Clube Português do Pâncreas, a propósito do Dia Mundial do Cancro do Pâncreas assinalado a 21 de novembro.
A Associação de Investigação de Cuidados de Suporte em Oncologia (AICSO) expressou preocupação sobre os atrasos no acesso a medicamentos inovadores para o tratamento do cancro das vias biliares, uma doença rara, agressiva e com diagnóstico frequentemente tardio. Apesar do avanço nas opções terapêuticas, incluindo imunoterapia e medicamentos dirigidos a mutações genéticas, os processos morosos para aprovação e comparticipação dificultam a disponibilização destes tratamentos aos doentes no Serviço Nacional de Saúde (SNS). Joana Marinho, oncologista na Unidade Local de Saúde de Gaia/Espinho e vice-presidente da AICSO, destacou que o tempo é essencial para estes doentes.
A Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva (SPED) anunciou a reformulação do antigo Prémio de Fotografia Endoscópica, que passa a designar-se Prémio de Imagem Endoscópica. A partir de agora, para além da submissão de fotografias, os sócios poderão apresentar vídeos de endoscopia de elevada qualidade, alargando o âmbito desta iniciativa científica.
Especialistas destacam as dificuldades associadas a esta doença rara, agressiva e frequentemente diagnosticada tardiamente. Em mais de 60 % dos casos, o cancro do pâncreas é detetado já em estágio metastático, o que compromete significativamente as possibilidades de tratamento e sobrevivência.
A inclusão dos hospitais privados neste regime é vista como uma oportunidade para aliviar a pressão sobre o SNS. Além de facilitar o acesso à medicação, possibilita que exames complementares, como colonoscopias e ressonâncias, sejam realizados fora do sistema público.
O podcast "Endoscopicamente Falando", dedicado à discussão de temas relacionados com a Gastrenterologia e endoscopia, lança o seu oitavo episódio. Subordinado ao tema "Tratamento de Cálculos Biliares por CPRE", este episódio reúne dois especialistas na área: Nuno Nunes, Assistente Hospitalar Sénior, e David Horta, Gastrenterologista no Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca.