Atualidade
Ao longo dos últimos anos, tem-se registado um interesse crescente e muita investigação sobre o papel e a importância da microbiota na manutenção da saúde. O aumento das receitas médicas de probióticos ou o sucesso de livros como "Gut", de Giulia Enders, demonstraram a necessidade de formação e informação científica sobre a microbiota intestinal, tanto para profissionais de saúde como para a população em geral.
O presidente da Sociedade Europeia de Endoscopia Gastrointestinal, Prof. Doutor Mário Dinis-Ribeiro, admite que o adiamento de um largo número de endoscopias e colonoscopias, como consequência da COVID-19, poderá prejudicar o rastreio e a vigilância de alguns dos cancros mais frequentes na população portuguesa.
A prática da Gastrenterologia é considerada de alto risco de contágio e muitos gastrenterologistas e internos da especialidade têm estado na linha da frente do combate à COVID-19. Mas, a atual situação de pandemia introduziu significativas mudanças nos Serviços de Gastrenterologia do País. A profundidade dessas alterações envolveu a reconfiguração física de algumas estruturas, bem como o aparecimento de novos paradigmas assistenciais na endoscopia digestiva, consulta externa, internamento e urgência.
Já foram publicados os resultados do questionário lançado pela European Federation of Crohn's & Ulcerative Colitis Associations (EFCCA), cujo objetivo passava por analisar as preocupações, os receios e o tratamento dos doentes com doença inflamatória intestinal (DII) durante a atual situação de emergência sanitária resultante da COVID-19.
Em Portugal, as reospitalizações por doença inflamatória intestinal (DII), que inclui a doença de Crohn e a colite ulcerosa, custam cerca de 3,1 milhões por ano, de acordo com um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) e do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (CINTESIS).
O microbioma intestinal, composto pelos genes de dezenas de milhões de micro-organismos que habitam no nosso intestino, foi o tema escolhido para assinalar, no dia 29 de maio, o Dia Mundial da Saúde Digestiva. A World Gastroenterology Organisation (WGO) pretende, desta forma, homenagear este património genético que desempenha um papel primordial na saúde humana.
A Takeda anunciou que a Comissão Europeia (CE) concedeu autorização para a comercialização da formulação subcutânea (SC) de vedolizumab, um biológico seletivo para o intestino para tratamento de manutenção em doentes adultos com colite ulcerosa ou doença de Crohn ativa moderada a grave. O vedolizumab SC estará disponível como seringa pré-cheia e em caneta pré-cheia.
A transplantação hepática é, muitas vezes, o último recurso terapêutico dos doentes. Ainda que seja uma área em constante atualização, essa exposição a novos conhecimentos traz novos desafios e novas oportunidades para cometer erros. Foi a pensar nesta premissa que dois investigadores do Departamento de Cirurgia, Oncologia e Gastrenterologia do Hospital Universitário de Padua, em Itália, fizeram um estudo sobre os erros mais comuns no que toca a transplantação hepática, bem como soluções para os corrigir e evitar.
As unidades que fazem endoscopias e colonoscopias devem ter o pessoal organizado em equipas fixas a trabalhar por turnos e os exames a suspeitos ou doentes de COVID-19 feitos em salas próprias, com pressão negativa. São estas as normas definidas pela Direção-Geral da Saúde (DGS), revistas no passado dia 14 de maio.
A Associação Portuguesa da Doença Inflamatória do Intestino (APDI), a Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia (SPG) e o Grupo de Estudos da Doença Inflamatória do Intestino (GEDII) juntam-se pelo Dia Mundial da Doença Inflamatória do Intestino, celebrado ontem, dia 19 de maio. A efeméride é dedicada ao desafio de todos os que enfrentam o mercado de trabalho e vivem com a doença.